O governo sueco emitiu 486 licenças para abater ursos na caça deste ano, o que equivale a cerca de 20% da população restante de ursos pardos no país, conta o The Guardian. Só o ano passado foram abatidos  722 ursos, um número recorde.

Este ano, já tinham sido abatidos 152 ursos no segundo dia da caça, segundo a Agência de Proteção Ambiental da Suécia.

Para os ativistas, a caça ao urso é motivo para protestos, pelo que a polícia acompanha os caçadores pela primeira vez, antecipando possíveis ocorrências. Desta fora, as autoridades têm estado a patrulhar as florestas a pé e com drones para garantir o "progresso pacífico dos caçadores".

"Considerámos necessário garantir que não há interferência com o trabalho dos caçadores durante a caça ao urso deste ano", disse Joacim Lundqvist, agente da polícia e coordenador da vida selvagem no norte da Suécia. "Isto deve-se ao facto de ter havido um aumento de manifestantes nas caçadas ao lince e ao lobo que ocorreram no início deste ano".

Os abates estão a ser considerados como "puro massacre" pelos ativistas, que referem que as caçadas poderem ter repercussões em toda a região. Assim, apelaram às autoridades suecas de algumas regiões fronteiriças para que recusassem as licenças de abate, mas o apelo foi recusado.

Segundo o jornal britânico, os ursos foram caçados quase até à extinção na Suécia há um século, mas o número de animais recuperou para um pico de 3.300 em 2008.

Com os abates, o número de ursos reduziu em 40%, para cerca de 2.400. Se o ritmo de caça se mantiver, o abate do próximo ano vai fazer com que o país se aproxime do número mínimo de 1.400 ursos considerado necessário para manter uma população viável pelo governo sueco.