O secretário-geral da ONU, António Guterres, avisou hoje que a invasão terrestre de Rafah, em Gaza, por Israel poderá causar "um desastre humanitário épico", após negociações para um cessar-fogo no Cairo.
Cerca de 110.000 pessoas fugiram da cidade de Rafah, ameaçada por um ataque em grande escala do exército israelita, para áreas que consideram menos perigosas na Faixa de Gaza, anunciou a ONU.
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA) afirmou nesta quinta-feira (9) que quase 80.000 pessoas fugiram de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, desde 6 de maio, quando Israel ordenou a saída dos palestinianos que viviam na zona leste da cidade.
O Exército de Israel bombardeou Rafah, no sul da Faixa de Gaza, nesta quarta-feira, 8 de maio, à espera de uma possível grande incursão terrestre, e em plena negociação no Cairo para uma trégua que, segundo o Hamas, é "decisiva" após sete meses de guerra.
Cerca de 50 estudantes da Universidade do Porto estão desde as 14:00 acampados em frente à reitoria em defesa do fim da guerra em Gaza, seguindo os protestos que estão a acontecer em universidades europeias e norte-americanas.
As autoridades da Faixa de Gaza, controlada pelo grupo islamita Hamas, afirmaram hoje ter encontrado uma terceira vala comum nos terrenos do hospital Al-Shifa, na Cidade de Gaza, e até ao momento foram exumados 49 corpos.
As equipas da Defesa Civil da Faixa de Gaza estimam que mais de 10.000 cadáveres de palestinianos estão sob os escombros de edifícios destruídos por Israel na ofensiva militar lançada contra o movimento islamita Hamas no enclave.
O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, considerou hoje que Israel aproveitou o massacre cometido pelas milícias do Hamas em outubro para lançar uma retaliação exagerada contra a população de Gaza.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, garantiu que os planos para lançar um ataque massivo à cidade de Rafah (Gaza), último refúgio de milhares de palestinianos, serão suspensos se chegar a acordo com o Hamas para libertar os reféns.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, avisou hoje que deixou de ter capacidade para analisar ou tratar a água potável da faixa palestiniana, alertando que os habitantes "estão a pôr a sua vida em perigo".
Militares do Reino Unido poderão ficar encarregados de entregar ajuda humanitária no terreno em Gaza, com a ajuda de um cais marítimo que está a ser construído, noticiou hoje a emissora pública de rádio e televisão britânica BBC.
O Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, manifestou-se hoje “horrorizado” com a descoberta de mais de 280 cadáveres numa vala comum nos terrenos do Hospital Nasser, em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.
Pelo menos sete pessoas morreram hoje na sequência de um bombardeamento israelita num campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza, disseram fontes locais à agência palestiniana Wafa.
Na noite de sexta-feira, um bombardeamento atingiu uma base militar no centro do Iraque, base esta que acolhe tropas do Exército e do antigo grupo paramilitar pró-iraniano Hashd al Shaabi.
O número de mortos na Faixa de Gaza, na sequência da ofensiva lançada pelo Exército israelita contra a Faixa de Gaza desde 07 de outubro, ultrapassou os 34 mil, segundo as autoridades locais, controladas pelo grupo islamita palestiniano Hamas.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, considerou hoje "limitado e às vezes nulo" o impacto dos compromissos assumidos por Israel para reforçar ajuda a Gaza, frisando que as operações militares israelitas criaram um "cenário humanitário infernal".
Pelo menos 14 pessoas ficaram feridas hoje num ataque à cidade beduína de Arab al-Aramshe, no norte de Israel, que foi reivindicado pelo grupo libanês Hezbollah, segundo os serviços de emergência israelitas.
O número oficial de mortos na Faixa de Gaza alcançou hoje os 33.175, quando se cumprem seis meses desde o início da ofensiva israelita após os múltiplos ataques do Hamas que provocaram, em 07 de outubro, 1.200 mortos.
O Hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, foi reduzido a "uma concha vazia", com várias sepulturas e vestígios de cadáveres, depois dos ataques de Israel, revelou hoje a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Mais de 100 mil israelitas manifestaram-se hoje em Telavive para exigir ao governo um acordo para a libertação de todos os reféns, na sequência do ataque do Hamas de 07 de outubro, bem como eleições antecipadas.
O Presidente de Israel, Isaac Herzog, enviou hoje uma mensagem aos israelitas, numa altura em que se assinala meio ano desde o início da guerra contra o Hamas, admitindo ser "difícil saber que desafios ainda" os esperam.
Uma nova ação em Lisboa contra a guerra em Gaza foi hoje anunciada para 11 de maio, quando se assinalam dois anos da morte da jornalista Shirren Abu Akleh e a “quatro dias do Nakba, a catástrofe”, segundo a organização.
Cerca de meio milhar de pessoas concentrou-se hoje junto da embaixada de Israel, em Lisboa, para condenar a guerra na Faixa de Gaza, que se iniciou há seis meses.
O Ministério da Saúde do Hamas anunciou hoje um novo balanço de 33.137 mortos na Faixa de Gaza desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano em 07 de outubro.